terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

POLÍTICA DE COTAS

COTAS NAS UNIVERSIDADES. CRITÉRIO RACIAL. DISCRIMINAÇÃO.





Nos últimos anos tem sido aprovadas normas discriminatórias, ditas afirmativas, visando garantir uma cota nas vagas das Universidades para negros, para cegos, para deficientes.
Essa política, se tem garantido vagas para esses seguimentos da sociedade, tem, de outro lado, acendido sentimentos de indignação e revolta por aqueles, com mais qualificação, perdem oportunidade de assumir a vaga a que aspiram, pois a mesma está de antemão reservada para um determinado grupo social.
A luz de nossa Constituição Federal isso é um absurdo, pois em seu art. 5º. dispõe que todos são iguais perante a Lei, sem distinção de qualquer natureza.
Qualquer tipo de privilégio, para brancos, ou para índios, ou para cegos, ou negros, ou para homossexuais, ou seja lá que grupo for, viola o princípio da igualdade assegurado na CF.
Não é reservando cotas é que se vai reparar injustiças do passado. Todas as injustiças devem ser reparadas, sim, mas sem discriminar quem que seja.
Como deve se sentir uma pessoa que ingressa na faculdade, não por seu preparo intelectual, mas por causa da cor de sua pele, branca, amarela, negra, ou vermelha?
Seria muito melhor o governo se preocupar em assegurar ensino de qualidade, para todos, nas escolas públicas que dê condição para qualquer um, seja de que cor for, de aprovação no vestibular.
A política de cotas é um odioso remendo. É como cobertor de pobre: se tapa a cabeça descobre os pés.
Estranhamente, órgãos do Poder Judiciário, quando essa questão é lhe submetida, tem sido complacentes.
A causa de ajudar os fracos, sejam negros ou brancos, é nobre, mas nunca se poderia usar da cor da pele para conceder um privilégio a pretexto de reparar as injustiças do passado para quem, às vezes, não tem mérito.
Qualquer cidadão deve conquistar o seu espaço por mérito e não pela cor da pele.
Curiosamente alguns Estados tem aprovado leis que garantam cota até no serviço público.
Eu, como descendente de avó negra, me sinto indignado. As pessoas, negras ou brancas, precisam é de oportunidade, e essa deve ser igual para todos, sem nenhum discriminação racial.

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